Ei ai pessoas, voltei!!! E voltei bem diferente. Agora sou mãe, meeeeu Deus tanta coisa aconteceu, que loucura...se pá, contarei a historia qualquer hora.
Geralmente as mães que passam por um processo meio que traumático na gestação, sem todo aquele romantismo que se vê nas tv's e internet, tendem a "reclamar", ou melhor dizendo, desabafar como é difícil essa vida da "maternidade". São coisas como, noites sem dormir, dores na cesárea, sem tempo para si mesma, cuidar da casa, marido e filhos, nao ter tempo para comer, enfim são rotinas que claro, nao equivale para toda mulher, mas que são bem comuns as mamães descreverem entre elas..
No entanto nesse Ano Novo que se passou, fiquei com meu filho (sou separada do pai), e confesso que me chamou atenção estar com ele e não ter dinheiro para nada, já que tudo para se fazer com criança é caro, já perceberam? Ou sou só eu?! e fazer algo com criança em cima da hora em vésperas de ano novo nao tem condições...Aqui a situação descrita é de uma pessoa pobre , sem carro, enfim sem muita verba... Na verdade seguindo o acordo era pra ele ficar com meu filho no Ano Novo, mas ele simplesmente agendou uma viagem sem me consultar e tive que me virar, perdi uma viagem que havia planejado contando que ele iria seguir nosso acordo, e tomei prejuiízo, pois nao viajei e também nao programei nada com meu filho. Mas você deve estar se perguntando, mas não daria na mesma, ja que voce ja ia viajar? Então, como eu disse quando se tem criança tudo é diferente, e mais complicado... se você marca com uma galera solteira já não da pra botar um pequenino no meio. E quando você encontra uma excursão, ate rola uma gratuidade de crianças até determinada faixa etária, mais cara, meu filho tem 3 anos!! Dependendo do lugar ficar mais de 5 horas em um onibus com uma criança de três anos, gente, é cruel!! Enfim, nao da pra se planejar com criança em cima da hora...conclusão ficamos em casa, porque ir no shopping nessa época com criança tbm vamos combinar....Aí você já vê toda dificuldade. Confesso que partiu meu coração, não tenho vizinhos com crianças, para que ele pudesse de repente brincar e gastar um pouco sua energia...nao tenho piscina, também não fui convidada para nenhuma chácara ou casa, ou algo do tipo que pudesse leva-lo para distraí-lo, ele só tem contato com os primos por parte de pai, quando vai ficara na casa do mesmo, perdi a senha da Netflix, o tablet que eu comprei para distraí-lo um pouco com algum jogo, ou algo no Youtube travava de 5 em 5 segundos, ele ficou muito entediado, aquele calor, foram quatro dias em casa nesse cenário, sem carro, pra sair, dar uma volta, a tá mas tem uber, mais ir pra onde? Eu brinquei, tentei entretê-lo mas gente a energia de uma criança é algo assustador para um adulto de 33 anos (nesse caso o adulto sou eu), realmente um desafio, confesso que isso mexeu comigo, por mais que falem que o que importa pra criança é estar com os pais, e aquela historia toda que já sabemos, isso me deixou bem chateada, tendo em vista que o natal dele, o pai o levou na praia, o pai tem um carro importado com ar condicionado, tem dinheiro de sobras pra que se acontecesse o que aconteceu comigo, chegar em qualquer lugar, pagar e ficar não importa o quanto fosse. A gente tenta nao se comparar, a gente tenta não pensar, até pq eu sei que tem crianças que SOFREM, um sofrimento muito mais significativo que meu filho, (que na verdade nem é sofrimento) que tem um lar, comida, enfim...mas a gente por um momento se compara e põe em cheque nossa situação como mãe...Bate uma sensação de incompetência, de impotência, por um momento, mais bate. Porém, no entanto, todavia, o principal pra qualquer criança é o amor, e isso sempre tem, nunca falta. Bate a bad, bate! Mas é normal de nós mães nos cobrarmos demais não é mesmo? Por isso, não podemos deixar que coisas como essas nos ponha em dúvida de como nos saímos como mãe, seja mãe solteira, ou não! Nós sempre seremos sua maior segurança, seus ídolos! Acredite e não desanimem!
Mas alguma mamãe se identifica?
PS: O intuito inicial desse post era poder ver o olhar do meu filho sobre isso que aconteceu, ou seja fazer um paralelo do que ele tbm poderia reclamar, tipo isso, kkkk mas no fim, como vocês podem ter notado, a cobrança da maternidade falou mais alto e de forma inconsciente no decorrer da escrita que eu só percebi depois, que li tudo! E acabei por reclamar de como aquilo me chateou e de como eu me cobrei por não conseguir dar o que na minha visão seria o melhor, mas na verdade como eu mesma salientei, o que importa é nosso afeto, carinho e atenção... o resto é resto...
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